O que este video-documentário mostra é quase tudo verdade.

Só que é (muito) tendencioso e omite muitas verdades básicas.

Mostra o impacto da exploração de Cobre nas minas dos Chile.

Até parece que o Cobre começou a ser usado hoje para produzir os motores dos carros elétricos.

As linhas de transporte e distribuição de eletricidade, desde o início do século XX, os permutadores de calor, os irradiadores, utilizam cobre que é 100% reciclável.

Os metais utilizados nos pipelines, nos petroleiros, nas refinarias e nos depósitos de gás … no transporte de energia fóssil por tudo o mundo que metal utilizam?

As emissões locais da exploração de petróleo em alguma instalações são da ordem dos 66% da energia extraída.

Apenas 1/3 da energia extraída do subsolo sai hoje da instalação porque o EROEI é já da ordem muito baixo.

A I&D têm vindo a conseguir alternativas tecnológicas com cada vez menores impactos, como é o caso da abolição do Cobalto na produção de baterias de Lítio (LFP), que o video-documentário ignora.

Estão em desenvolvimento tecnologias de storage que não utilizam nem o Cobalto nem o Lítio, mas sim metais muito mais abundantes, baratos e amigos do ambiente.

O Grafeno, que é uma forma de Carbono (o elemento mais abundante e inofensivo no planeta) será a matéria prima mais importante do século XXI…

Os metais raros referidos no vídeo são utilizados uma parte nos VE´s (que são computadores com rodas), mas outra parte também nos outros tipos de veículos.

A exploração do Lítio hoje incide sobretudo nos salares da América latina, mas o maior “jazigo” de Lítio está diluído na água do mar, que possui 16.400 vezes o Lítio que existe na plataforma continental e muito mais fácil de explorar como o mostrarão em breve o Japão e a Coreia.

Joaquim Duarte Barroca Delgado